“Verificando os diferentes perfis que cada escola possui e como isso reflete no alunado, percebi a necessidade de criar um elo entre as manifestações artísticas e suas propostas, onde todos os alunos ao mesmo tempo pudessem produzir, experimentar e conferir os diferentes resultados, finalizando em uma exposição”.
Prof. Aquiles Trentini, idealizador do projeto
O foco é reconhecer as vivências, experimentar as diversas leituras pictóricas e as várias referências estéticas. Este projeto reuniu alunos das escolas estaduais Profª Laurinda Vieira Pinto, Profº Roque Bastos, Profª Maria Angerami Scalamandré, abrindo a possibilidade de travar um novo contato com o aluno fora do espaço escolar, reconhecer sua produção em outro ambiente, valorizando seu trabalho e suas habilidades de forma plena.
A busca de elementos desencadeadores de processos expressivos, a captação dos interesses dos alunos, o estímulo do processo criativo, a experimentação, a compreensão dos fundamentos das áreas de expressão, a dimensão estética; tudo isso evidencia a multiplicidade, a expressão, a construção e a representação de mundo, ligando-se mutuamente em um conjunto físico sociocultural-político-histórico, sendo o seu foco o reconhecimento da arte.
Aquiles espera que os alunos aprendam de modo sensível-cognitivo a realizar produções artísticas, apreciar produtos de arte, analisar essas manifestações, conhecendo-as e compreendendo-as em sua diversidade histórico-social, compondo de maneira inventiva conteúdos/conceitos para o enriquecimento de seu repertório cultural.
Fazer arte é materializar sua experiência e percepção, um modo de comentar o mundo e as coisas, uma construção que é somente configurada pela ação de um gesto criador.
O processo de criação traduz a operação poética e envolve um percurso de contínua experimentação e de pesquisa como a procura da materialidade e de procedimentos que ofereçam forma e conteúdo à obra de arte. A maneira de pensar a arte, provoca o encontro com ela e repensa o espaço escolar, criando sua percepção estética, mergulhando em sua imaginação criadora, e potencializando seu processo criativo e o senso estético.
Sempre atento a importância desses processos para a produção e reconhecimento artístico, o trabalho do professor Aquiles desfere as inúmeras possibilidades para estabelecer uma aproximação do aluno com essas situações de aprendizagem, onde a vivência e a prática auxiliem o despertar e desenvolvimento criativo do aluno, sempre passando pela ideia e reconhecimento da estética. Os trabalhos estão em concordância com a proposta curricular do Ensino Fundamental ciclo II e Ensino Médio do estado de São Paulo.
A conclusão deste projeto foi uma grande exposição, uma vernissage com apresentação das fotos em data show, música e apresentação de um desfile com o trabalho estampado nos rostos dos modelos, que aconteceu no terceiro piso do estacionamento do Supermercado Ibiúna no dia 20 de junho.
“A intenção é receber a visita de alunos das escolas envolvidas, pais, amigos, parentes e o público em geral, para verificarem juntos a relação entre obra e público, a materialização do início ao fim de uma produção artística. Acredito ser imensamente importante proporcionar, valorizar, prestigiar a produção do aluno para que o mesmo crie estima pelo seu trabalho onde ele próprio reconheça o valor da aprendizagem, fazendo que seu processo ultrapasse o limite dos muros da escola”, comenta professor Aquiles, responsável pelo projeto FACES OCULTAS.

